Coordenador: Claudia Segadas Vianna
Docente participante: Agnaldo Esquincalha

Este projeto visa investigar os processos de aquisição de conhecimento em matemática e física por aprendizes com deficiência visual e surdos, levando em conta as especificidades de cada grupo, a fim de fundamentar o desenvolvimento de materiais didáticos e de atividades adaptadas para esses alunos. Sendo assim, nossos objetivos principais são: entender como esses alunos aprendem e reconhecem o espaço ao seu redor; identificar as áreas em que o professor encontra maiores obstáculos e desenvolver e testar materiais que possam auxiliar na aprendizagem. Como parte dos estudos empíricos desta pesquisa, são examinados livros didáticos, avaliações escritas e materiais utilizados em sala de aula, bem como são realizadas entrevistas com professores de escolas especializadas e inclusivas. No caso de alunos deficientes visuais, a pesquisa na área demonstra a importância da utilização de materiais adaptados no processo de ensino-aprendizagem. Cerqueira e Ferreira (2000) ressaltam que os recursos adaptados não somente atuam como motivadores ou indutores de questões centrais para a geração de novos conceitos, como também desempenham um papel central para suprir lacunas. Os autores ainda advertem que a carência de material adequado pode levar o aluno a um mero verbalismo desvinculado da realidade. Um dos principais problemas verificados no aprendizado de ciências, em particular da física e matemática, é a ausência de material instrucional adaptado para o laboratório experimental e para visualização de figuras espaciais, gráficos, desenhos e tabelas. O projeto busca assim apresentar estratégias, atividades e recursos instrucionais para professores de física e de matemática empregarem em sala de aula, utilizando aparelhos emissores de luz laser, modelos confeccionados com materiais de uso diário simulando figuras planas e espaciais e materiais concretos para a construção de gráficos e reprodução de figuras presentes nos textos didáticos. Visando à obtenção de melhores resultados, é sugerido que o professor adote os recursos sob uma perspectiva de construção de modelos a fim de estimular o interesse e o envolvimento ativo do aluno. No decorrer das atividades, os alunos desenvolvem habilidades de raciocínio de forma progressiva, bem como uma compreensão mais profunda dos conceitos e de sua importância para o seu dia-a-dia. No caso dos alunos surdos, um dos pontos a serem estudados é em quais aspectos o fato dos mesmos estarem privados da linguagem oral pode ter um impacto nas formas de aprendizagem. Outro ponto refere-se à não universalidade da linguagem LIBRAS e às consequências que isto pode gerar no desenvolvimento de denominações de conceitos de matemática e física. Ainda irá se pesquisar se privilegiar o uso de materiais concretos, que tenham um forte apelo visual, pode ou não favorecer a aprendizagem de alunos surdos. Com base nessa investigação, já foram desenvolvidos materiais voltados para a aprendizagem de geometria, conceito de função, compreensão de gráficos e de ótica. Alguns destes materiais já foram testados com alunos do Instituto Benjamim Constant, do Colégio Pedro II e do Instituto Nacional de Educação de Surdos, enquanto outros estão em fase de desenvolvimento e avaliação.

Coordenadora: Janete Bolite Frant

A necessidade de aprofundar o arcabouço teórico tanto para formulação de tarefas quanto para contribuir para a análise das tarefas matemáticas em diferentes níveis de ensino, incluindo o desenvolvimento profissional do professor nos leva ao objeto deste projeto. O objetivo deste projeto é investigar as interações matemáticas discursivas entre grupos de alunos do ensino médio e superior trabalhando em contextos interativos de aprendizagem, presenciais ou virtuais. Buscamos ainda investigar sobre a elaboração de tarefas que venham a promover tais interações.

A metodologia de Design Experiment tem sido nossa escolha dada sua natureza intervencionista e sobretudo ser ao mesmo tempo pragmática e teórica. A fundamentação teórica dialoga com as noções de conhecimento e aprendizagem com Sfard (2008) e Bolite Frant (2005). A teoria da cognição corporificada com Lakoff e Johnson (1980), Lakoff e Núñez (2000), Barsalou (2008) entre outros. Com Leont'ev (1978) sobre atividades e tarefas. E com o Modelo da Estratégia Argumentativa.

Encontrar caminhos produtivos para tal é particularmente importante para novas pesquisas em Educação Matemática, dada as demandas para transformar o ensino através instrução tradicional buscando subsídios na teoria da cognição corporificada.

Coordenador: Carlos Aguiar
Docente participante: Marta Barroso

O projeto tem como objetivo a pesquisa e desenvolvimento de materiais e recursos didáticos para o ensino de Física, tanto na sala de aula da escola básica quanto na formação inicial e continuada de professores. O desenvolvimento dos materiais prevê a articulação com ações de formação de professores, das quais fazem parte: 1) capacitação do professor para o uso dos materiais; 2) aprimoramento permanente dos materiais a partir da aplicação em situação reais de sala de aula; 3) inclusão do professor no processo de desenvolvimento, com papel de autoria, revertendo o paradigma verticalizado de inserção de materiais didáticos nas escolas; 4) estabelecimento de espaços para a formação continuada conectada com a prática, em que se promova a discussão e a reflexão coletiva sobre os saberes docentes, o uso de materiais didáticos, a prática de sala aula, os conteúdos disciplinares e seus aspectos conceituais e metodológicos. Entre os temas abordados no projeto destacam-se: Identificação dos pontos nevrálgicos do conhecimento de física e matemática de estudantes da educação básica, a partir da análise de resultados de avaliações institucionais, por meio de métodos quantitativos. Com base nesses resultados, são investigados o desenvolvimento de práticas educacionais e materiais didáticos, bem como o aperfeiçoamento e atualização dos conteúdos curriculares. Desenvolvimento de materiais e métodos para o ensino de física e estudo de sua utilização em diferentes ambientes de ensino e aprendizagem. As áreas de interesse incluem a formulação de novas abordagens para conteúdos tradicionais, introdução da física contemporânea nos currículos atuais e introdução de tecnologias digitais nos laboratórios didáticos e salas de aula.

Coordenadora: Luciane Velasque

Este projeto tem como objetivo contribuir para identificar e refletir sobre o processo de inserção da Estatística no currículo da Educação Básica e a necessidade da mudança na formação docente a partir desta realidade. Através da exposição de demandas sociais e legais, entre outros elementos, o projeto pretende remontar a trajetória desta inserção. Neste cenário, discute a formação do professor de Matemática para promover o Letramento Estatístico e apresenta, como possibilidades para a formação desse professor, as metodologias ativas para o ensino de Estatística e o uso de recursos tecnológicos. Na expectativa que esses elementos possam se agregar ao currículo, por meio da prática docente, para promoção do Letramento Estatístico e consequente construção social dos estudantes.

Coordenadora: Lilian Nasser

Pesquisa e desenvolvimento de atividades que enfatizem o aprimoramento da habilidade de argumentação de professores e alunos. Investigação sobre a concepção de professores da Escola Básica sobre os argumentos, justificativas e tentativas de prova apresentados por seus alunos. Métodos de avaliação usados pelos professores da Escola Básica em sua prática docente. Outra linha de pesquisa é a análise de erros, que podem ser usados como trampolins de aprendizagem.

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